Na última terça-feira, 22 de abril de 2025, a Câmara Municipal de Rianápolis realizou sua quarta sessão ordinária do mês, sob a presidência do vereador Bruno Bezerra de Lima. Com a presença de oito vereadores, a sessão analisou as prestações de contas do município referentes aos anos de 2020, 2021 e 2022. O julgamento abrangeu tanto as contas do atual prefeito, Gilber Miranda, quanto do ex-prefeito, José Carlos.
Aprovação das Contas do Atual Prefeito
As contas dos exercícios de 2021 e 2022, sob responsabilidade do atual prefeito Gilber Miranda, foram aprovadas pela Câmara. O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCMGO) já havia emitido parecer favorável para essas contas, o que foi corroborado pelos vereadores.
Contas do Ex-Prefeito José Carlos em Investigação
No caso das contas de 2020, que foram responsabilidade do ex-prefeito José Carlos, a situação foi mais complexa. Embora o Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCMGO) tenha recomendado a aprovação dessas contas, a Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação da Câmara decidiu investigar de forma mais aprofundada alguns pontos que surgiram em uma auditoria.
Segundo a comissão, novos fatos foram levantados após auditoria operacional realizada pelo Controle Interno do município. Segundo o relatório da auditoria, foram identificadas despesas de aproximadamente R$ 855.000,00 que, aparentemente, não seguiram os devidos processos licitatórios. Além disso, há indícios de que parte dessas despesas envolveu um parente do ex-prefeito, o que já resultou na abertura de uma representação judicial junto ao Ministério Público Estadual (MPE) para apurar possíveis irregularidades.
Próximos Passos e o Papel da Câmara
A Comissão de Finanças determinou que serão realizadas diligências adicionais para esclarecer as circunstâncias dessas despesas e avaliar a conduta do ex-prefeito enquanto gestor público.
Vale ressaltar que, embora o TCMGO tenha emitido parecer pela aprovação das contas, seu trabalho se baseia em informações contábeis fornecidas pelos municípios. Já a Câmara Municipal, responsável pelo julgamento final, tem o dever de considerar aspectos éticos, morais e a busca pela verdade dos fatos apresentados.