Morreu em Brasília, aos 51 anos, Bernardo Sayão Neto, auditor fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura e neto do engenheiro e desbravador Bernardo Sayão, responsável pela criação da Colônia Agrícola Nacional de Goiás, que deu origem à cidade de Ceres e influenciou diretamente a formação de Rialma.
Sayão Neto era reconhecido por sua atuação na área agropecuária e teve participação relevante na implantação de programas do Ministério, como o projeto de cães para detecção de substâncias, e atuou como superintendente regional. Ele deixa esposa, a engenheira agrônoma Marjorie Stemler, e uma filha.
Seu avô, Bernardo Sayão (1901–1959), foi um dos principais líderes da “Marcha para o Oeste” de Getúlio Vargas. Ele é reconhecido nacionalmente como um dos principais responsáveis pela interiorização do Brasil, tendo liderado a criação da Colônia Agrícola Nacional de Goiás (CANG), que deu origem à cidade de Ceres, além de influenciar diretamente a formação de Rialma.
Seu trabalho de colonização e abertura de estradas, como a que ligava Ceres a Anápolis, foi um marco no processo de ocupação planejada do cerrado goiano e na fundação de Brasília. Sayão morreu tragicamente em 1959, durante as obras da rodovia Belém–Brasília.
O legado do avô, materializado em avenidas, museus e homenagens locais, agora ganha uma nova dimensão com a perda precoce de seu neto, que seguiu os passos da família em serviço público, integridade e paixão pela agropecuária.