A Polícia Civil está investigando o descarte irregular de resíduos humanos em uma área de mata no bairro Residencial Aldeia dos Sonhos, na região Norte de Anápolis. Entre os materiais encontrados, estavam ossos, órgãos humanos, frascos com sangue e materiais cirúrgicos. O caso foi descoberto na tarde da última segunda-feira, 16 de dezembro, e mobilizou equipes da Polícia Militar, Polícia Científica e Instituto Médico Legal (IML).
Os vários ossos e órgãos estavam abandonados em um lote baldio e foram localizados por populares. Segundo testemunhas, um veículo de transporte de lixo hospitalar ficou parado no local por vários minutos.
De acordo com informações iniciais, o material descartado inclui restos provenientes dos Serviços de Verificação de Óbito (SVOs) de Ceres, Uruaçu, Caldas Novas, Anápolis e outros municípios goianos. Os resíduos, aparentemente, teriam sido encaminhados a um laboratório particular de Anatomia Patológica antes de serem despejados de forma irregular na região.
Riscos e investigação
O delegado responsável pelo caso, Carlos Antônio da Silveira, informou que uma das linhas de investigação aponta que os restos humanos podem ser de pessoas que passaram por autópsias e exames em um laboratório particular, que não teve o nome divulgado. Ele destacou que todo o material descartado é considerado lixo infectante, representando um grave risco à saúde pública e ao meio ambiente.
A Polícia Científica realizou perícias no local e destacou a atuação ágil das equipes da 10ª Coordenadoria Regional de Polícia Técnico-Científica (CRPTC) de Anápolis. A corporação também reiterou que os resíduos encontrados não estão sob sua custódia e prometeu colaborar na elucidação do caso, dada a gravidade do ocorrido.
Próximos passos
Os materiais recolhidos foram enviados para o Instituto Médico Legal, onde passarão por análises complementares. A investigação segue com foco em identificar os responsáveis pelo descarte e garantir que os procedimentos adequados sejam adotados para evitar novos casos.
A Polícia Civil e a Polícia Científica pedem que qualquer informação relevante sobre o descarte irregular seja repassada à 4ª Delegacia Distrital de Polícia (4ª DDP) de Anápolis, que lidera a apuração.
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